As diversas matérias do Gênesis podem ser resumidas da seguinte maneira:
~Desde a criação até ao dilúvio. Compreende esta parte a criação do mundo, a formação do homem à imagem de Deus, a instituição do sábado (dia de descanso), e a do casamento (caps. 1, 2)
~ A entrada do mal no mundo, a sentença contra o tentador e o homem, e a promessa de Deus a respeito de um Salvador (3) - o caso de Caim e Abel, e os descendentes de Caim
~ O princípio das obras humanas, as manufaturas, e as artes (4)
~ A linha dos patriarcas desde Adão até Noé (5)
~ A universal preponderância do pecado, a destruição do mundo corrompido pelo dilúvio, sendo Noé salvo com sua família (6, 7).
Desde o dilúvio até à vocação de Abraão. Compreende esta parte o pacto da misericórdia que Deus fez com o novo mundo, e a profecia de Noé com respeito aos seus três filhos (9)
~ A repovoação da terra pelos descendentes de Nóe, a origem das distinções nacionais, e o começo dos principais impérios da antigüidade (10)
~ A confusão das línguas, e a dispersão da família humana pela terra (11).
~ Desde a vocação de Abraão até à morte de José. Nesta divisão do livro os negócios gerais da Humanidade somente são relatados ocasional e acidentalmente: trata-se, principalmente, do patriarca e seus descendentes, a quem Deus escolheu e separou do resto do mundo, a fim de que da sua geração pudesse descender o Salvador prometido.
Compreende, pois, esta parte a vida de Abraão e sua família, com informações da origem e história de alguns dos mais antigos reis e nações (12 a 25)
~ De isaque e sua família (26, 27)
~ E de Jacó e sua família (28 a 35)
~ E mais particularmente a vida de José, indo a narração até ao estabelecimento da família de israel no Egito, onde os israelitas puderam livrar-se da fome e, pela providência de Deus, começar a sua preparação para constituírem mais tarde um grande povo (37 a 47)
~ Vem em seguida a profecia de Jacó com respeito a seus filhos e seus descendentes, brilhando nela um raio de luz a respeito da futura redenção (48, 49). Conclui o livro com a determinação de José em relação aos seus restos mortais, e com a sua morte (50).
São abundantes as referências no Novo Testamento ao livro de Gênesis. As passagens seguintes são indicadas segundo a fórmula geral das citações - ‘está escrito’, ‘o Senhor disse’, etc.: Gn 1.27 ... Mt 19.4, Gn 2.2 ... Hb 4.4, Gn 2.7 ... 1 Co 15.45, Gn 12.3 ... At 3.25 - Gl 3.8, Gn 17.7 ... Gl 3.16, 19, Gn 21.10,12 ... Gl 4.30 - Hb 11.18, Gn 22.16,17 ... Hb 6.13, 14 - Tg 2.23, Gn 25.23 ... Rm 9.12. Há freqüentes referências a episódios e personagens do Gênesis, como: Gn 3.4,5 (Eva enganada pela serpente) - 2 Co 11.3 - 1 Tm 2.14. Gn 4.4 (Sacrifício de Abel) - Hb 11.4 Gn 5.24 (Caráter e trasladação de Enoque) - Hb 11.5,6. Gn 14.18 a 20 (Melquisedeque) - Hb 7. Gn 19.24 a 26 (Destruição de Sodoma e Gomorra) - Lc 17.29,32 - 2 Pe 2.6. Gn 22.9 (Sacrifício de isaque) - Tg 2.21. Gn 25.33 (A venda que fez Esaú do seu direito de primogenitura) - Hb 12.16. Gn 47.31 (Jacó adorando apoiado ao seu bordão ou sobre a cama) - Hb 11.21. Juntai a isto todas as referências que fez Estêvão, quando estava sendo julgado no Sinédrio (At 7).
A frase ‘no princípio’ (1.1) é repetida com uma profunda significação em Jo 1.1. o Homem criado à imagem e semelhança de Deus (5.1 e 9.6) é uma verdade reconhecida em 1 Co 11.7 - Ef 4.24 - Cl 3.10 - Tg 3.9.
A santidade da união conjugal é reforçada com as palavras de Gn 2.24 por Jesus Cristo em Mt 19.5, e por Paulo em 1 Co 6.16 e Ef 5.31.
A fé de Abraão (15.5,6) é repetidas vezes mencionada como figura de caráter cristão, Rm 4.3 - Gl 3.6 - Tg 2.23. A palavra ‘paraíso’ leva o pensamento ao Jardim do Éden, Gn 2.8,9 - Ap 2.7 - 22.1,2. E a escada de Jacó é tomada como símbolo de grande expressão, Gn 28.12 - Jo 1.51.
Muitas conformidades verbais mostram que o Gênesis era familiar aos inspirados escritores do Novo Testamento, sendo reputado como livro de autoridade divina.
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